Tão alta que no início sequer vê-se
o chão, de tão alta,
Não me lembro quando me desprendi
do topo da árvore,
Quando dei por mim já estava caindo
ao sabor dos ventos e das brisas,
Que iam onde queriam, cada vez
mais longe, sempre caindo,
Até que aprendi a voar na
ilusão de controlar onde ir,
Um voo louco, sem rumo, sem prumo, em queda leve e livre,
mas voando,
Aprendendo que voo termina em queda, e que todo voo
é um só,
E escolhi voar, mesmo caindo, sempre, porque todo voo
vale a pena,
Porque todo voo ensina, que voando
ou caindo,
todo voo,
É ILUSÃO.