RÁDIO 101 SMOOTH JAZZ - N.Y.
O MEDO DA MUDANÇA
O medo da mudança é uma
força poderosa e vive escondido nas pequenas coisas e, é, na
maioria das vezes, o grande responsável pelos maiores sofrimentos.
Ouvi de um amigo
psicanalista, algo que me ficou na cabeça e que os anos só reforçaram a verdade
que traduz:
− "O ser humano se
sente seguro vivendo uma rotina previsível, mesmo que isso signifique viver em
péssimas situações, aparentemente insustentáveis, se vistas por alguém de fora mas, que
ele já conhece e está acostumado. É péssimo, mas é um péssimo que ele conhece.
Essa força é tão poderosa que a simples idéia de romper com a situação e partir
para algo novo pode causar pânico a algumas pessoas. O ser humano prefere
ficar no sofrimento conhecido a arriscar qualquer outra coisa que ele não
conheça. ”
Não raras vezes, nos
deparamos com essa realidade em vários aspectos. Nas relações
familiares, profissionais, amorosas, fraternas e quantos mais pensarmos.
Admiro as pessoas que
conseguem se desvencilhar rápido de situações incômodas. É claro que tudo tem sua peculiaridade e nada pode ser posto numa mesma sacola. Mas,
existe uma linha, que pode não ser nem um pouco tênue, de onde, a partir dali, qualquer um tem certeza do dano que aquela situação está trazendo a um, ou a
quantos mais estiverem envolvidos.
Seja em que âmbito for,
chega um momento em que o desgaste é tão profundo e incomodo que a mudança é
absolutamente inevitável e urgente. E; isso sempre gera insegurança, que é outro
nome para o medo.
Nas relações amorosas isso é
ainda mais nítido. Do início da descida até se esborrachar no fim, a gente vem
se ralando todo, ladeira abaixo. E, não raras vezes, essa ladeira dura anos.
Imagine quanta ralação, quantos machucados daqueles bem ardidos poderiam ser
evitados.
É bem doloroso. O que
esquecemos é que podemos, a qualquer momento, interromper essa descida e evitar
mais machucados. Saber interrompê-la antes que os traumas se aprofundem demais
é o que decide como estaremos preparados para próximos relacionamentos. Essa decisão é das mais sérias com as
quais nos deparamos na vida: a hora de parar. Há um momento que temos que dar um
fim a uma situação de sofrimento e não olhar mais para trás. Por uma questão de
sobrevivência e sanidade.
Saber a hora de parar de
sofrer é fundamental para não perder a crença em si mesmo. É necessário
acreditar que podemos produzir nossa própria felicidade. E, antes, precisamos crer que somos capazes de nos proteger, de cuidar de nós mesmos, adequadamente. Porque, quantos mais
machucados estivermos, mais tempo esses traumas levarão para cicatrizar. Isso significa que precisaremos de mais tempo para nos recompor até estarmos prontos para uma nova relação. E a vida não
espera. O tempo passa. E, dependendo da intensidade e quantidade dos eventos traumáticos, e dos recursos disponíveis para enfrentá-los (terapias e redes de apoio), essa recomposição pode ser bastante demorada.
É importante sermos sinceros
ao nos respondermos às nossas próprias perguntas. Precisamos saber pelo menos o que
pensamos, de verdade, sobre nossos próprios assuntos e sentimentos. Precisamos estipular nossos
limites. A Tolerância é necessária, sem ela não se vive em sociedade, não se aprende e nem se
evolui. Mas, a partir de um tênue limite, passa a ser submissão, conformismo e
covardia.
Vivemos como se houvesse um modo certo e outro errado de realizarmos nossa vida. Como se houvesse um gabarito. Não há. Ninguém nasce com manual ou destino traçado. Tudo que fazemos é inédito. Algumas vezes, é imprevisível, simplesmente porque ninguém fez daquele jeito antes. Do seu jeito, original é único.
Mudar dá medo. Principalmente, quando a decisão de mudança envolve coisas básicas como mudar de
casa, ficar sozinho, trocar um emprego medíocre, mas que paga as contas,
por um projeto que, se der certo, vai te dar a vida que você deseja (isso não
está ligado a dinheiro necessariamente!). Mas, que, também, pode dar errado.
E daí? Tudo pode dar errado,
principalmente, o que está dando certo. Já que o que está dando errado, se
mudar, só pode mudar para dar certo.
Se der errado é porque não
mudou. Então, vai ter que mudar de novo. Até dar certo. E, pode ter certeza,
uma das coisas que mais ajudam a persistir até que dê certo, é o bom humor. Sem
ele a vida não tem graça. É preciso brincar de ser feliz, pelo menos...
Ou seja, veja-se por que ângulo for, é preciso estar aberto à mudança sempre. Inclusive, para que o que já está dando certo, continue dando.
Edmir Saint-Clair
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SIM, EXISTEM VERDADES ABSOLUTAS
Existem verdades que independem de ponto de vista ou opinião. Impõe-se porque são fatos que não dependem de vontade própria ou alheia para acontecer. Sobre esses, nada podemos fazer para alterar sua efetiva realização. Vai acontecer e não existe nada que possa impedir. Nem religião, nem Deus, nem qualquer outra entidade criada pela imaginação humana.
São fatos muito simples, ordinários e podem ser testemunhados por qualquer um a qualquer momento. São todos igualmente banais e tão comuns que nos desconcertam pela simplicidade e pela frequência com que acontecem.
Um exemplo: não importa se você acredita ou não em algum tipo de divindade, também não importa o quanto se dedica e o quanto alcançou de "desenvolvimento espiritual", se você se atirar do alto de um penhasco sem para-quedas, asa delta ou qualquer outro apetrecho artificial, vai morrer. E, não existe nenhuma forma de alguém mudar isso. Isso é uma verdade, é uma realidade e independe de qualquer ponto de vista ou crença. Qualquer ser humano que pular, naquelas condições, terá o mesmo fim.
E, essa é só uma das milhares de verdades absolutas que nos cercam e que, por terem essa natureza inexorável, não deveriam nos fazer perder tanto tempo fantasiando possibilidades de alterá-las. Serão sempre só fantasias, mentiras, que por mais mirabolantes ou sofisticadas que pareçam não irão alterar em nada a realidade que sempre se imporá. Melhor aceitá-las e seguir em frente. Não se pode relativizar tudo sob pena de sérias consequências práticas, às vezes, irreversíveis.
Ter consciência disso significa entender o limite óbvio entre a abstração e a realidade. Entre a utopia e a verdade. Saber distingui-las, é sabedoria.
Parece simples, e é.
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TODO POLÍTICO SEM PREPARO É UM TRAPACEIRO
Fazer política no Brasil virou sinônimo de trapacear. No Brasil, Político é sinônimo de picareta. E com toda razão e motivos para serem vistos assim. As desonestidades e maus feitos, dos mais diversos, são diários, dos mais cruéis e sórdidos que possa imaginar, em todas as instâncias possíveis. Tirar doce de criança já ficou para trás há décadas, atualmente a moda é tirar o oxigênio de quem está morrendo, receitar remédios que não fazem efeito para realizar experiências nazistas dignas de Mengele em anciãos com planos de saúde mafiosos.
Mas, a política foi criada como uma arte. A arte de conciliar, de agregar, de pacificar e dar voz aos que não tem voz. É filha da filosofia e irmã de sangue da psicologia, da sociologia, da antropologia, da história e dos maiores bem feitos que a humanidade já realizou.
Para recuperar a nobre missão da política é preciso políticos que entendam e se preparem para suas missões, que são muitas.
Os Tiriricas do Brasil tem todo o direito de terem e manifestarem suas vozes como todos os brasileiros. Mas, para representar milhares de pessoas na mais alta casa da república é preciso se preparar antes, estudar até compreender com toda seriedade e profundidade necessárias o que é ser um político. É preciso esforço para se obter o conhecimento necessário.
Sem uma organização política é impossível uma vida harmônica, produtiva e justa em sociedade.
Sem políticos preparados para compreender isso, não teremos nem harmonia, nem produtividade, nem uma sociedade justa.
Política não é aventura, é missão.
LIVRE ARBÍTRIO
A neurociência trouxe nova luz a uma das questões filosóficas mais importantes da humanidade: a existência do livre arbítrio.
As consequências de uma mudança de paradigma a esse respeito terá consequências incalculáveis para os rumos da História futura da humanidade.
A MORBIDEZ DO MOMENTO
A BESTA HUMANA PRECISA SER DOMADA
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Leblon, início do outono, 20h55m. Eu acabara de sair da academia Lucinha & Cláudio , atravessara a Rua Humberto de Campos, na direçã...
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Nunca mais vi um Lacerdinha. Nem ouvi falar. Pensando bem, faz anos, talvez décadas, que não tenho notícia. O Lacerdinha era um inseto menor...
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O medo está nos rondando o tempo todo, nos fazendo engolir sapos maiores que a boca. Sem que tenhamos consciência de quais são seus detonado...