A posse do ministro Luís Roberto Barroso ontem, 28 de setembro de 2023, como presidente do STF, foi histórica por diversas razões.
Todas lindamente humanas e, por isso, revolucionárias.
Pela primeira vez na história
estiveram presentes entidades que, antes, nunca haviam sido convidadas para
esse tipo de cerimônia: as emoções e os sentimentos humanos.
Em meio aos dirigentes mais austeros, circunspectos e inatingíveis da república, cujo tom e teor dos discursos deixa claro todo o eruditismo e falta de compromisso com a compreensividade e alcance de suas falas, principalmente, por parte do povo que deveriam representar e defender, surgiu uma voz diferente.
Naquele plenário, símbolo maior da ostentação
vernacular de um pretenso saber jurídico, que ninguém ousa verificar a
plausibilidade. Enfim, em meio a chatice e superficialidade com as quais essas
cerimônias sempre acontecem, houve uma quebra no cerimonial, houve uma
peraltice dos sentimentos e das emoções humanas, que entusiasmadas por terem
sido convidadas, começaram a circular e a se espalhar pelo salão. E, até a
música popular, cuja presença sequer jamais havia sido cogitada, surgiu como
convidada especial.
E, Todo Sentimento humano foi,
ali, cantado, saudado e homenageado como o ato maior que a justiça dos homens
deve conter: o amor.
E, o novo presidente do STF,
encerrou seu discurso cantando, através da voz de Maria Bethânia, o amor saudoso
por sua esposa morta em janeiro de 2023.
E selou o momento histórico, emocionando os presentes e os futuros.