“Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus.” Albert Einstein
Além da Rússia, dos Estados Unidos e de
todas as potências europeias, a China também está no cenário bélico atual de
maneira cada vez mais insidiosa — o que pode levar o mundo a um ponto ainda
mais crítico na tensão em torno de uma guerra atômica. Ou evoluímos, ou, não
sei não... pode dar merd4.
As tensões internacionais têm aumentado
de forma perigosa e, sem ser alarmista, de uma maneira assustadora e rápida,
contrapondo, como nunca antes, forças atômicas capazes de aniquilar a vida no
planeta. Todas as potências nucleares do mundo estão em rota de colisão — e
algumas já colidindo.
Vem-me à cabeça um pensamento que me
acompanha há décadas. Na verdade, é um raciocínio em que comparo o estágio
evolutivo-civilizatório humano com as etapas da vida de um indivíduo comum.
É simples: tomo por base o surgimento do
Homo
sapiens, que corresponderia ao nascimento de um indivíduo, e as
eras seguintes da evolução da espécie seriam os diferentes estágios do
crescimento humano. Ou seja: primeiro aprende a se levantar e ficar ereto,
depois a andar, a falar, a se comunicar; depois entra na primeira infância,
adolescência, juventude, maturidade — até chegar ao estágio máximo de progresso
intelectual possível ao tempo de vida de um ser humano.
Por isso, para alcançar a era da
sabedoria — que corresponderia à fase madura da evolução de um indivíduo — só será
possível se a humanidade a alcançar como um todo.
É preciso que todos a alcancem de forma
universal, o que só é possível através das contribuições individuais — e que
delas se beneficiem de forma integral, pessoal e social.
Como resultado de um progresso
construído pela humanidade como um todo, ao longo de milhares de anos, por
caminhos abertos por todas as gerações precedentes, que foram deixando seus
legados para que as gerações seguintes agregassem suas contribuições
individuais e, assim, garantissem a continuidade dos avanços e conquistas.
Para que isso aconteça, temos que
resolver a intrincada — e, até agora, insolúvel — equação de satisfazer a todos
e a cada um, ao mesmo tempo. Não só para os humanos, mas incluindo todo o
planeta.
Na minha aleatória opinião, a humanidade
ainda está no início da adolescência: medindo forças, tamanhos, pesos, testando
limites e desafiando a morte — briguentos, inconsequentes, irresponsáveis e
loucos. Governados pelos hormônios. Vivendo como se não houvesse nem amanhã nem
gerações futuras que terão que arcar com as nossas inconsequências.
A lei do humano mais forte é ainda mais
cruel e impiedosa que a da natureza. Porque, entre os homens, as armas modernas
— ditas convencionais — multiplicaram covardemente seu poder de matar
indiscriminadamente populações inteiras e de destruir países e seus povos. Isso
sem falar no pesadelo das armas atômicas!
Mesmo vivendo cada vez mais, poucos
conseguem chegar ao estágio da maturidade, por falta de conhecimento sobre si
mesmos e sobre a vida.
Porque não se importaram com o que é
mais importante.
A maioria só envelhece — sem nada ter
aprendido ou acrescentado.
Sem ter contribuído para a evolução da
espécie.
Submergem na mediocridade, sem
questionamento algum, apenas seguindo o rebanho — sem nada de pessoal a
acrescentar.
Todos nós fazemos parte dessa jornada
rumo à era da sabedoria, e todos temos como tarefa dar nossa contribuição
pessoal para que tudo continue caminhando... e a contribuição de
cada um — só esse “um”, individualmente — poderá dar.
Cada um de nós é original e único, e
carrega em si uma pequena, mas insubstituível, peça do complexo quebra-cabeça
da existência.
Mas poucos conseguem entender que o
sentido da vida vai muito além... do próprio umbigo.
Edmir Saint-Clair












