Gente, quente, pulsante ser
Tanto
quanto o tudo pode conter,
Sexo,
nexo, complexo viver.
Gente é
preto, é branco, é pranto,
Que
escorre e salga o susto de viver
Sem saber,
é tudo, é nada,
É pouco, é
muito, é meio, é canto
Pode tudo
o que quer ser.
Gente é
dia, é noite, é jeito de viver,
É parte da
brisa, do movimento do ar,
Do mar, do
sol, do riso, do olho de prazer,
Sempre buscando, desejando, querendo,
Tanto quanto mais gente puder ser.
Gente é
vida, é morte, é sorte sem saber
É tudo, é
tato, é vôo da ilusão,
É simples,
é nada, e nem precisa ser.
- Edmir Saint-Clair
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