O tempo
vai arrancando pedaços,
Imperceptíveis,
ou que fazem mancar para sempre,
Quando não tira de si, tira de outro,
E leva
junto nacos de almas,
Perdidas, descoloridas, insípidas,
Pedaços abandonados no caminho,
Do mundo grande, que diminui, consumido,
que se
definha,
Deserto de tudo que acolhe,
Pedaços em memórias duvidosas,
Do que
um dia foi todo o universo.
