ORIENTADOR LITERÁRIO

O ORIENTADOR LITERÁRIO é um profissional que acompanha, ensina e participa de todo processo de criação de um livro. - - - - -- UM PROFISSIONAL EXPERIENTE, especializado em redação criativa, capaz de despertar toda a sua criatividade potencial escondida.

MISTÉRIO NO LEBLON

 
 Rio de Janeiro - Bairro do Leblon,
início do outono, 20h55m.

Eu acabara de sair da academia Lucinha & Cláudio, atravessara a Rua Humberto de Campos, na direção da Rua José Linhares, que fica a menos de 50 metros. Estava dobrando a esquina, quando vi uma senhora idosa vindo na direção contrária. Ela dá uma topada na calçada, se desequilibra e começa a acelerar o passo descontroladamente. Ela vai cair.
Corro em sua direção para tentar ampará-la mas, antes que chegasse perto o suficiente, surge do nada uma mulher muito esguia de cabelos pretos, curtos, e a segura, colocando-a de pé e sumindo novamente.

Tudo não durou mais do que fugazes 3 segundos.

Fiquei petrificado com a cena. Senti-me muito estranho, um desconforto cerebral extremamente desagradável, como se tivesse levado uma pancada forte na cabeça. Senti uma confusão agoniante, uma perda da noção do que era ou não realidade. Como uma pane inexplicável no meu sistema mental...

Como alguém aparece e desaparece do nada? Sim. Ela não surgiu e foi embora correndo ou sumindo de forma gradual, como é natural acontecer. Ela apareceu e desapareceu, como um flash fotográfico.

A Senhora Idosa estava atônita e tão perplexa quanto eu. Quando conseguimos trocar olhares, foram de puro espanto!

Aproximei-me dela um pouco mais e perguntei-lhe o que tinha acontecido. Ela me relatou, exatamente, a mesma coisa que eu havia visto. Utilizando, inclusive, as mesmas expressões como “apareceu do nada" e “Desapareceu do nada”.
Ela relatou o que eu tinha presenciado com a mesma precisão de detalhes que eu percebera. Ou seja, quase nenhum, já que a velocidade do evento, foi como se alguém tivesse colocado um vídeo em câmera acelerada.

Logo percebemos que havia uma prova física e inequívoca do ocorrido: a Sra. Idosa estava usando uma blusa branca de mangas compridas e, nela, estavam estampadas visivelmente, duas marcas de mãos onde o “ser” a segurara. Perfeitamente visíveis e brilhantes.
Nós dois olhamos para as marcas e, em seguida, um para o outro, ainda com expressões de absoluta incredulidade.

Percebi que havia testemunhado algo fantástico e extraordinário, e que não haviam palavras que pudessem descrever aquele flash inacreditável.
Ficamos em silêncio, eu e a Senhora Idosa, tomando fôlego e reiniciando os pensamentos. Pouco depois, seguimos caminhando, lentamente, até a entrada do prédio para onde ela estava indo. Ambos no mais absoluto silêncio, em choque.
Despedimo-nos pelo olhar, sem trocar mais nenhuma palavra, ainda visivelmente desconcertados. Não havia nada o que falar. Nossos olhares se acenaram, confirmando a cumplicidade que havia acabado de nascer. Nunca mais a vi e nunca soubemos o nome um do outro. E Nunca entendi o que havia acontecido.


- Edmir Saint-Clair





Gostou?  👇  Compartilhe com seus amigos

O CASO DO CEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA

 

Reginaldo começou a trabalhar na agência de uma forma bastante peculiar. Exatamente na mesma manhã em que o último estagiário de redação havia sido sepultado no cemitério São João Batista, após morrer no dia anterior num trágico acidente de moto. 
 
Quando o pessoal voltou do enterro, Reginaldo já estava sentado esperando para ser entrevistado para o cargo de estagiário de redação. A tragédia e o volume de trabalho tramaram a seu favor e a partir daquela manhã Reginaldo começou a estagiar na agência.
 
Na primeira semana já começou a se destacar apresentando trabalhos e soluções criativas muito acima da média para alguém que nunca tinha estagiado em criação publicitária antes. Para os diretores e o pessoal da criação aquela era a sorte grande. Não é sempre que aparece um talento daquele quilate no mercado, ainda mais na figura de um estagiário não remunerado. 
 
O jovem não aparentava mais de 22 anos e rapidamente começou a ser visto como um gênio muito promissor. Mas, sua personalidade era uma incógnita para todos. Era simpático e acessível a todos os colegas de trabalho sem, entretanto, jamais participar das socializações do pessoal nos botecos e restaurantes após o expediente. Mesmo no almoço, quando sempre almoçava com os colegas do departamento de criação, não se demorava e nunca ficava para o cafezinho com o papo furado tradicional. 
 
Assim que acabava de comer dava a desculpa de ir ao banco e só reaparecia de novo na agência, já para cumprir o expediente da tarde. 
 
O pessoal começou a ficar impressionado com a quantidade de vezes na semana que Reginaldo ia ao banco depois do almoço. Em tempos de internet banking, aquilo não fazia o menor sentido para alguém que trabalhava o dia inteiro na frente de um computador conectado permanentemente à internet. E não demorou para começar a surgirem suposições; aonde iria Reginaldo todos os dias após o almoço?
 
O certo é que, sempre que a equipe precisava criar alguma campanha mais robusta, Reginaldo chegava do “banco” com algumas grandes ideias, geralmente aplaudidas por toda a equipe e premiadas nas competições de publicidade. 
 
O ritual era sempre o mesmo; Reginaldo chegava calado, sentava-se na sua estação de trabalho e dali há pouco tempo lá vinha ele com todo o conceito da nova campanha pronto para ser trabalhado pela equipe. 
 
Apenas alguns meses após sua chegada, a agência havia crescido e toda a equipe de criação recebera os louros das brilhantes campanhas imaginadas por Reginaldo. A relação entre o pessoal da equipe se aprofundou naturalmente pela convivência e pelo sucesso, e a camaradagem era cada vez maior. Inclusive com Reginaldo, apesar dele nunca acompanhar o pessoal no chope tradicional no boteco da esquina. 
 
O burburinho começou pela ideia do Victor, diretor de arte que duplava com Reginaldo e, por isso, era mais próximo a ele. Bolaram um plano. Já que a rotina era sempre a mesma, eles esperariam Reginaldo terminar de almoçar com eles e sair para “ir ao banco”. Victor esperaria um pouco e seguiria Reginaldo. 
 
Todos pediram o cafezinho, menos Reginaldo que comunicou sua tradicional ida ao banco. Victor esperou um pouco e saiu atrás dele, se esgueirando pelas árvores e carros da rua Dona Mariana. 
 
    Atravessaram a rua Mena Barreto e continuaram até Reginaldo entrar por um portão lateral de serviço no Cemitério São João Batista. Aquilo estava se tornando cada vez mais esquisito. Victor continuou a segui-lo furtivamente por entre as sepulturas, cada vez mais curioso. Era dali que Reginaldo tirava suas inspirações? Teria ele algum pacto com o outro lado? Aquilo estava ficando bizarro. 
 
Victor continuou se esgueirando por entre os mausoléus cheios de esculturas de anjos, santos e figuras divinas, todas com plaquinhas com fotos e dados dos sepultados. Ele seguiu Reginaldo até a parte mais central do cemitério, para onde ele se dirigia de forma firme e determinada, ele sabia aonde estava indo. Até que entrou por um dos becos ladeados por sepulturas, cujo final terminava num enorme mausoléu ornado com estátuas de arte sacra muito bem cuidadas. Victor chegou a tempo de ver Reginaldo entrando no mausoléu e fechando o portão de ferro atrás de si. Se antes já estava bizarro, agora Victor nem sabia mais nomear o que estava sentindo. Uma mistura de curiosidade atroz com um medo de gelar a espinha. Mas, já que chegara até ali...
 
Foi se aproximando furtivamente até chegar a entrada do imponente mausoléu. Olhou ao redor, o silêncio era total. Olhou para o alto da estrutura que parecia ser de mármore procurando algum nome de família ou qualquer referência de identificação. Viu apenas uma enorme pirâmide com um olho aberto, esculpida em alto relevo no mármore. Ele a reconheceu por ser a mesma marca que as notas de dólar americano trazem impressa. O olho que tudo vê.
Victor se aproximou do portão de ferro que estava levemente entreaberto, colocou apenas a cabeça para dentro e ouviu a voz de Reginaldo:
- Bem-vindo, Victor.
 
Desde aquele dia, após o almoço, o pessoal da agência, a família e os amigos de Victor esperam pela volta da dupla. Reginaldo jamais foi procurado por alguém. Na agência, ninguém sabia sequer o sobrenome dele, já que ele era um estagiário sem contrato de trabalho, nem remuneração. Não havia registro algum da existência de Reginaldo.
 
Nunca mais nenhum dos dois foi visto.
 
Edmir Saint-Clair

A EMPATIA

 


         O ser humano sempre buscou, incansavelmente, estabelecer conexões profundas e verdadeiras entre seu universo interior, original e único, e o mundo que o cerca. É essa busca que nos impulsiona a nos comunicarmos, a expressarmos nossos pensamentos, sentimentos e ideias. 

    Para que essa comunicação seja efetiva, é necessário mais do que simplesmente trocar palavras. É necessário a empatia. E empatia se aprende tentando, se esforçando para alcançá-la, para senti-la. Forçando o nosso cérebro a estabelecer um processo de conexões neurais eficientes com essa finalidade específica.  É preciso ensinar o nosso cérebro . Simplificando, é preciso querer e trabalhar regularmente para atingir isso. Criar o hábito de pensar empaticamente. A empatia é uma habilidade superior que se pode desenvolver. É a potencialização de uma tendência natural do ser humano de se colocar no lugar do outro para tentar compreender uma situação. É ir além de sentir simplesmente uma compaixão passiva primária por uma condição alheia desfavorável. É mais do que isso. A empatia é capaz de gerar ação. É capaz de gerar significados maiores em todos os níveis de relacionamentos, e é capaz de dar um sentido maior à nossa existência.

    A empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreender sua perspectiva e suas experiências, sem julgamentos. Ela nos permite ouvir e sermos ouvidos, valorizar e sermos valorizados, aceitar e sermos aceitos. Muitas vezes, é a única forma de despertarmos em nós mesmos sentimentos e emoções que desconhecíamos possuir. É a partir da empatia que somos capazes de ver a complexidade e singularidade de cada indivíduo, incluindo a nossa própria, e de nos conectarmos com ela de maneira autêntica e profunda. Uma conexão profunda só se estabelece em uma via de mão dupla. Quanto mais compreendemos mais nos sentimos compreendidos.

Na realidade, nunca conseguiremos sentir, na própria pele, toda a real intensidade de uma dor que nos é alheia. Que não dói em nosso próprio corpo ou mente. Essa é a nossa limitação como humanos. Por isso, exercitar e fortalecer a empatia é o melhor que podemos fazer para compreender o outro.

Sem a empatia, a comunicação se torna superficial e vazia. As palavras se esvaziam de significados e os relacionamentos se tornam superficiais e distantes.

Quando não nos esforçamos para compreender o outro, perdemos oportunidades de criar laços verdadeiros e estabelecer relações estáveis e duradouras. Sem ela, nunca conseguiremos ser bons pais, filhos, amigos, amantes ou sequer vizinhos.

A empatia não é apenas uma habilidade, mas uma necessidade evolutiva. Ela nos permite criar a conexão profunda que todos buscamos, e a satisfação que vem de compreender e ser compreendido. É a realização efetiva de uma verdadeira troca acolhedora e fértil de nossas emoções. É através da empatia que podemos construir um mundo mais compassivo e autêntico, onde as relações verdadeiramente significativas e compensadoras podem florescer.

Só através do olhar empático podemos superar o racismo, a homofobia, a misoginia, a intolerância religiosa, o xenofobismo e tantas outras mazelas humanas.

E de potencializar nossas possibilidades de felicidade, agregar repertório ao nosso universo pessoal de experiências, e dar um sentido maior à nossa própria vida.


Edmir Saint-Clair

Gostou? Compartilhe e ajude a divulgar, 

não custa nada.

O DIA QUE MUDOU O MUNDO

        Jorge acordou tarde como seu costume, mas com certeza dormiria mais se não fossem aqueles ruídos incomuns vindos da janela.

     Checou o celular para saber as horas, inutilmente, o aparelho estava sem rede de telefonia móvel. Tentou acessar o WhatsApp quando percebeu que também não estava conectado pelo wi-fi de casa.

     Pulou da cama e, antes de ir até o quarto onde o modem da casa fica, foi até a janela e o trânsito na rua era absolutamente inédito, pelo menos nos últimos 10 anos em que morava ali. A primeira coisa que notou ao entrar no quarto de hóspedes foi que as luzes do modem estavam todas desligadas. Ele estava sem conexão alguma. A primeira sensação foi de muito incômodo e estranhamento. Decidiu verificar a eletricidade de casa e estava sem energia.

          Ligou seu notebook que, para sua sorte, estava com a bateria cheia. Mas, sem conexão alguma. O incômodo inicial deu lugar a uma ansiedade maior do que ele estava acostumado a lidar. Abriu a porta do apartamento, o corredor estava escuro, e os elevadores, obviamente, parados. Um silêncio perturbador emprestava um ar lúgubre ao local.

          Jorge fechou a porta e deu duas voltas na chave. Enquanto a cafeteira lhe preparava um café, ele voltou à janela para olhar mais atentamente. O fluxo de trânsito dos automóveis, além de anormal, estava mais caótico pela falta dos semáforos sem energia. Tomou seu café, se arrumou e resolveu ir até a portaria de seu prédio. O porteiro haveria de ter mais informações sobre aquela estranha e incômoda manhã. Sentia-se ainda mais perdido por não ter ideia de que horas eram. Mesmo sem o relógio do celular, geralmente, ele seria capaz de calcular o horário pela luz e os sons externos. Mas tudo parecia estar caoticamente fora dos padrões normais.

      Usou a lanterna do celular para iluminar os degraus da escada do prédio e não demorou a chegar na portaria.

          “Seu” Cícero segurava a porta enquanto o Célio do quarto andar entrava acompanhado da mulher e dos dois filhos carregados de sacolas de supermercado abarrotadas. Foi quando se deu conta de que a situação era muito mais séria do que ele imaginava. E, em menos de 5 minutos que ele estava na portaria, 3 outras famílias chegaram igualmente carregadas de mantimentos. Jorge percebeu que estava defasado e desinformado. Naquele dia, ter acordado tarde faria toda a diferença.

      Desceu até a garagem para pegar seu carro e ir até o supermercado garantir suprimentos. Ele continuava sem saber nada sobre o que estava causando aquilo tudo, mas, com certeza, era algo grave. O porteiro e os moradores com os quais encontrara também não souberam dizer nada a mais do que o óbvio que todos sabiam por que sentiam a falta. E a cada minuto mais itens eram acrescentados a essa interminável lista.

     Demorou um tempo enorme só para conseguir sair da garagem e pegar a rua totalmente engarrafada. Motoristas e pedestres portavam a mesma expressão grave e preocupada. Em alguns, a ansiedade se exacerbava de forma mais evidente. Em outros, já chegava a um estágio preocupante. Jorge, apesar de muito ansioso e perdido, ainda conseguia manter a racionalidade em níveis funcionais.

     Com estações de rádio fora do ar ele continuava a não ter notícia alguma do que estava acontencendo, tudo que dependia de energia elétrica não estava funcionando, exceção dos locais com geradores próprios.

  Aos poucos foi percebendo que algo muito grave havia ocorrido. Mas não tinha ideia do que poderia ser. Tampouco a extensão. Se era só na sua cidade, só no seu estado, só no seu país ou no mundo inteiro. Lembrou-se de um dos últimos vídeos que assistira no Youtube na noite passada, um podcast sobre ciências, no qual o entrevistado, um astrônomo brasileiro, alertava para uma explosão solar que iria gerar uma onda eletromagnética capaz de interromper a magnetosfera terrestre e, consequentemente, torrar todas as instâncias de comunicação do planeta Terra.

  Satélites seriam destruídos instantaneamente, sistemas de GPS deixariam de funcionar e as linhas de transmissão elétrica sofreriam sobrecargas. Os transformadores mais vulneráveis entrariam em curto, colapsando a rede elétrica em cascata. Redes de equipamentos eletrônicos sensíveis queimariam instantaneamente. Centrais de controle de abastecimento de água, comunicação, transporte e serviços hospitalares e uma infinidade de outros serviços ficariam inoperantes, causando uma interrupção global sem precedentes. O caos subsequente resultaria no colapso da sociedade moderna, com interrupções permanentes em transações bancárias nacionais e internacionais, redes de transportes de terra, ar e mar, afetando todos os segmentos e cadeias de suprimentos.O astrônomo foi ridicularizado online em tempo real e apontado como mais um seguidor das teorias da conspiração.

     Não era.

     Era 4 horas da tarde quando, após 3 horas parado no trânsito, Jorge abandonou seu carro no meio da rua caótica e seguiu a pé, a tempo de ver a horda de populares arrebentar as portas e paredes de vidro do imenso supermercado e dar início aos saques bárbaros e a violência que foi desencadeada por toda a face da terra.

Edmir Saint-Clair

--------------------------------------------------- 


AS NOVAS TERAPIAS MENTAIS

 

Não sou médico, nem psicólogo. Sou paciente, ou melhor, cliente, que é como alguns psicólogos se dirigem, atualmente, a seus “pacientes”. 

Já havia feito terapia, a última há uns 18 anos. Nos 15 anos anteriores, havia passado por diversos terapeutas, de diversas correntes.
Foram várias tentativas, vários terapeutas.
 Na minha avaliação de paciente, não consegui nenhum avanço que não fosse conseqüência da simples passagem do tempo.
Minha descrença nas terapias cresceu até se tornar total. Nunca havia visto ninguém que tivesse “melhorado” por ter feito terapia.

A reviravolta veio através de uma pessoa muito próxima; minha irmã. Uma neuro-psicóloga extremamente estudiosa, inteligente e competente.
Ela me contou que as terapias evoluíram e sua eficácia aumentou numa progressão geométrica, graças às novas técnicas de exames por imagens do funcionamento cerebral em tempo real.  As pesquisas possíveis a partir dessa nova tecnologia significou um passo gigantesco para o novo ramo de estudos que surgiu a partir desse advento; a neuropsicologia.

Atualmente, o BrainspotingEMDR e outras técnicas são capazes de identificar entraves e reprogramar sinapses.

Minha irmã me indicou uma neuropsicóloga da mesma linha que ela, com quem marquei uma sessão.
Já na primeira consulta, ela (que utiliza aquelas técnicas)  focou diretamente em estabelecermos os motivos objetivos e atuais que me levavam a ela.
Em 2 meses dessa terapia, sem contar a entrevista inicial, já havia percebido mudanças pelas quais nunca havia conseguido passar nem perto naquelas décadas de tentativas.
O mantra proposto pela minha terapeuta é:
- Seu cérebro está se curando.
E a gente sente que está. E, não volta mais ao estado anterior. E, quando volta, tem recursos para sair. E começa a voltar cada vez menos para lugares desconfortáveis da mente.

É algo emocionante de viver e de sentir. 
É emocionante perceber que já estamos num estágio de evolução tecnológica que nos permite usufruir, na prática, dessas maravilhas que a mente humana descobriu e desenvolveu para cuidar de si própria.

“Seu cérebro está tentando se curar o tempo todo,
deixe-o fazer isso”...

Edmir Saint-Clair
Gostou?  👇  Compartilhe com seus amigos

CIVILIZAÇÕES TERRÁQUEAS AVANÇADAS PODEM TER EXISTIDO HÁ MILHÕES DE ANOS?

Supõe-se que nosso planeta tem 4,54 BILHÕES de anos.

Teorias nos contam que a vida surgiu há 600 Milhões de anos.

 Se assumirmos que cada ciclo civilizacional tecnologicamente avançado poderia durar 10 mil anos — aproximadamente o tempo da civilização humana atual — e que cada ciclo fosse seguido por um colapso e um período de recuperação de 50 mil anos, poderíamos teorizar sobre 33 ciclos em um período de 2 milhões de anos.

 Essa especulação é baseada na suposição de que:

 - Civilizações podem emergir rapidamente (em termos geológicos) com o desenvolvimento de tecnologias.

 - Colapsos podem ser causados por desastres naturais, guerras ou outras catástrofes.

 - O registro geológico dessas civilizações seria altamente efêmera.

 Embora não existam evidências científicas que comprovem a existência de civilizações tecnologicamente avançadas há milhões de anos, a ideia provoca reflexões profundas sobre nossa compreensão limitada do passado remoto. O tempo geológico é vasto, e o curto período da existência humana sugere que civilizações poderiam ter surgido e desaparecido sem deixar rastros perceptíveis pelo nosso atual estágio tecnológico. Especulações como essas desafiam a imaginação e ressaltam a fragilidade da nossa própria presença no planeta.

 Levando em conta o Paradoxo de Fermi sobre a possibilidade da existência de vida interestelar, arrisco a dizer que a possibilidade da vida recrudescer aonde já exista é milhões de vezes maior do que do fenômeno de surgimento dela. Daí a viabilidade, graças a sua resiliência intrínseca, da vida conseguir se restabelecer, mesmo depois de quase extinta, não se torna tão absurda quanto possa parecer a princípio.

Luciano Villar